sexta-feira, 6 de maio de 2011

Aimé Barroyer no Tavares, agora é de vez?

Aimé Barroyer no Tavares, agora é de vez?

por João Rosé a Terça-feira, 1 de Março de 2011 às 17:22
Aimé Barroyer é o novo chefe do Tavares.
Pois, aí está uma bela alternativa ao mágido do El Buli.
Aprendi a apreciar o Aimé, a seco, com os escritos do grande David Lopes Ramos.

chef Aimé Barroyer, restaurante Valle-Flôr, jantar Dão e Douro 2006
Depois, tive a sorte de puder compreender (na teoria e na prática) o trabalho de re-descoberta e re-invenção e re-contextualização, de ingredientes, técnicas, aromas e sabores que este franco-português (o de pt atrevo-me a dizer eu) levou a cabo com uma sabedoria, consistência, persistência, rigor a que, imho, o país não estava habituado. 
Nunca este brilhante chef ter tido uma estrela michel-ine no Valle-Flôr é, sem dúvida, a maior injustiça na cozinha de PT e, para mim, a prova de ineficácia e irrelevância do guia dos pneus. 10 anos é muito tempo.

Do regresso de uma levada inspirado... Peixe Espada no forno ...
(a poesia na cozinha de Aimé Barroyer)

Como se sabe o Tavares, o mais antigo restaurante, fundado em 1748, anda nos últimos (20?) anos em constantes sobressaltos.
A estrela Michelin ganha pelo José Avillez parecia poder trazer alguma paz. Engano. Mais uma vez.

Sem grandes teorias, penso que não é estúpido afirmar que o dinheiro que se gasta (na kapital dos império) em gambrinoos, orelhudos y coisas assim, era p'rá í suficiente para aguentar alguns restaurantes um pouco + sérios, onde se faz um pouco mais do que atirar carnes, peixes e mariscos para grelhas e panelas ou vender crokettas a euros chorudos...

Bonne chance, Aimé. Tu mereces. O Tavares,espero eu, também. 
Vamos a ver se los portuguesitos también...

rossetatto-esperançatto

(devo ter tido um pressentimento, ainda no f-d-s passado, sem ter ouvido nenhum zuni-zuni, estava a tentar saber por onde parava o Aimé :)
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