A convite d'Os Goliardos, estive neste bar à vins lisboeta (todos os detalhes em www.osgoliardos.com) para uma prova de vinhos da Bourgogne.
A Sílvia e o Nadir são apaixonados pelo vinho artesanal. Como qualquer definição, esta é muito redutora, é mais do que isso.
Anyway, pessoas para quem o vinho é mais do que uma indústria.
Os Goliardos escolheram 3 brancos e 3 tintos que foram o mote para se discutir castas, vinhas, produtores, formas de fazer vinho e, claro, o resultado de tudo isso.
Como é normal, não falamos só de Bourgogne, nem só de vinhos franceses, nem só de vinhos...
Gostei muito desta minha primeira incursão nesta academia dos vinhos e sabores.
Uma nota para os petiscos cozinhados pelo Nadir, diferentes e saborosos.
Como dizia num post anterior sobre restaurantes, um espaço como Os Goliardos precisa de apoio, isto é, que quem gosta de vinhos vá lá e divulgue.
Gracias.
quarta-feira, 16 de abril de 2008
VinhoaCopo Convida - 10/abr
segunda-feira, 7 de abril de 2008
LSD+Arlindo Madeira+José Avillez @Tavares
No passado dia 26 de Março, estive com o Luís Soares Duarte no Tavares, para um jantar com os seus perfis e momentos, mais a paparoca do chef José Avillez.
Por trás deste jantar, a distribuidora Bago d'Uva y su mentor Carlos Alberto.
A entrada do José Avillez para este mítico restaurante de la nuestra capital tem sido comentada e a curiosidade era grande.
A equipa (no me gusta el nombre "brigada" :-( do José Avillez e a do Arlindo Madeira estavam em pleno labor quando chegamos.
O menu pareceu-me ser um misto de propostas da carta actual e outras que lá não figuram (na maior parte dos casos abrevio o nome dos pratos, não levem a mal).
Por trás deste jantar, a distribuidora Bago d'Uva y su mentor Carlos Alberto.
A entrada do José Avillez para este mítico restaurante de la nuestra capital tem sido comentada e a curiosidade era grande.
A equipa (no me gusta el nombre "brigada" :-( do José Avillez e a do Arlindo Madeira estavam em pleno labor quando chegamos.
O menu pareceu-me ser um misto de propostas da carta actual e outras que lá não figuram (na maior parte dos casos abrevio o nome dos pratos, não levem a mal).
Começamos com uma excelente Vieira, caviar Moluga e Alho Francês. Perfil 2006 branco, simpático.
No Lavagante o chef aplicou uma fantástica "pele" de Lúcia-Lima. Interessante o ravioli de fígado de aves e Alcachofra.
O Perfil 2006 rosé a ligar melhor com o ravioli.
Muito bem o peixe, excelente as migas de Coentros a ligarem bem com o ovo de Codorniz.
Aqui entrou o personal favorite Perfil Reserva 2005 branco, seco, mineral, muito bom.
Aqui vai mesmo o nome completo: Lombo de Borrego em crosta de ervas e Limão confit, croquetes de Alho, compota de legumes e emulsão de leite de Ovelha.
Uhauu, imho, o prato da noite. O que um limão pode acrescentar a um naco de meat (eu sei, não me saiu com a poetry que devia, o prato merecia mais... às vezes é assim, não sai, não sai).
Quase que merecia um vinho muito menos encorpado que o Perfil 2005 tinto, um branco???
Seguiu-se uma Vitela estufada a baixa temperatura com gnocchis de milho e queijo da Ilha e um curioso e delicioso gomásio de café, talvez a melhor ponte para o potente, ainda jovem e fechado Momentos 2005.
Graças à amizade entre o João Bruno (distribuidor da Vallegre) e o Carlos Alberto, o JB trouxe o último vinho, Vista Alegre Porto LBV 2002, apresentado pelo Miguel Martins (Vallegre), a dar uma prova interessante.
Gracias ao Carlos Alberto, ao LSD, ao Arlindo Madeira e José Avillez.
Grande jantarada. Gostei mesmo
Berardo não compra
A minha piadita de 1 de Abril era a fabulous notícia das compras do comendatori Joe Berardo no Douro.
Não sei que screening engine é que o sapo tem para andar a vasculhar blogues, mas em http://noticias.sapo.pt/local/alijo/ aparece 1 link para esta phoney news.
Garanto que não fui eu que a pus lá.
Já não é carnaval, mas 1 de Abril, ninguém leva a mal.
Não sei que screening engine é que o sapo tem para andar a vasculhar blogues, mas em http://noticias.sapo.pt/local/alijo/ aparece 1 link para esta phoney news.
Garanto que não fui eu que a pus lá.
Já não é carnaval, mas 1 de Abril, ninguém leva a mal.
quarta-feira, 2 de abril de 2008
terça-feira, 1 de abril de 2008
Bye Bye Doc (ou é What's up Doc?)
Na sequência do jantar DOC + Niepoort fui despedido do DOC.
Acho que não foi por usar esta t-shirt da Niepoort "Drink Me", a minha preferida da série Vindimas by Niepoort.
Mas também não estou absolutamente certo, pois há quem me considere imbebível :-)
Terá sido mais pelos peixes-galo (como diz o Sérgio Godinho, "c'a galinha é a dona dos ovos", para dar uma referência poéticó-gastronómica), pelas postas e pelas (des)harmonias.
Pelo excesso de mensagens eletrónicas que ameaçava a estabilidade da emissão da cozinha para a sala.
Ou, ainda, por abrir Robustos com suor de cavalo, que, já se sabe, não agradam a todos, sejam gregos ou tiranos.
Talvez porque o GillSans já estivesse a cansar, nas várias cartas do bistro.
Quem sabe, o Reininho a desgastar, tu mordes eu trinco, nah, nem branco nem tinto.
Não deixa de ser curioso, foram 300 dias, colaborating. Merece umas rimas:
Folgosa, oh, minha Folgosa
mesmo à beirinha do Douro
Que rosa, ó que linda rosa
Deiam-le pescado do Mouro
Acho que não foi por usar esta t-shirt da Niepoort "Drink Me", a minha preferida da série Vindimas by Niepoort.
Mas também não estou absolutamente certo, pois há quem me considere imbebível :-)
Terá sido mais pelos peixes-galo (como diz o Sérgio Godinho, "c'a galinha é a dona dos ovos", para dar uma referência poéticó-gastronómica), pelas postas e pelas (des)harmonias.
Pelo excesso de mensagens eletrónicas que ameaçava a estabilidade da emissão da cozinha para a sala.
Ou, ainda, por abrir Robustos com suor de cavalo, que, já se sabe, não agradam a todos, sejam gregos ou tiranos.
Talvez porque o GillSans já estivesse a cansar, nas várias cartas do bistro.
Quem sabe, o Reininho a desgastar, tu mordes eu trinco, nah, nem branco nem tinto.
Não deixa de ser curioso, foram 300 dias, colaborating. Merece umas rimas:
Folgosa, oh, minha Folgosa
mesmo à beirinha do Douro
Que rosa, ó que linda rosa
Deiam-le pescado do Mouro
Berardo compra no Douro
Ainda não é oficial, mas já é mais do que um boato/rumor.
O que parecia ser uma pequena derrota de Joe Berardo, a antecipação da Dão Sul na compra da participação da Casa do Douro na Real Companhia Velha, era afinal mais uma jogada de mestre do comendador.
Neste caso não se tratou de fazer ruído e alarido, como aconteceu quando tomou cerca de 30% da Sogrape. Aqui, o truque foi o silêncio e as jogadas de bastidor. Para que não digam que ele não sabe o que faz. Felizmente, para ele, a maior parte das empresas de vinhos não estão cotadas, logo o sigilo é possível.
Aproveitando o bom momento da Sogrape (compras no Chile, lançamento de Mateus diversos, Grão Vascos um pouco por todo o lado) Berardo conseguiu vender a sua participação (a ser anunciada na bolsa no início da próxima semana) com enormes mais valias.
E, com esse dinheiro fresco, fez não um mas dois negócios no Douro.
Um para o prestígio, a compra de 49.9% da Niepoort, Vinhos SA. Diz quem sabe que se tratou de uma "oferta irrecusável", triplicou o valor mais optimista que Dirk e Verena poderiam estimar (não consegui apurar o valor, mas fala-se em 30 milhões de euros!).
Outro para o volume, provavelmente arrumando com as aspirações da Global Wines de se tornar um major player no Douro: um contrato com as 4 maiores Adegas Cooperativas do Douro (não esqueçam que a política do governo para o Douro tem como uma das prioridades salvar as cooperativas da falência ): Santa Marta, Régua, Alijó e Favaios.
Cria um canal de distribuição nos mercados externos, ficando com o exclusivo das vendas fora de Portugal. O mercado nacional irá ser renegociado, de forma a que as cooperativas não tenham que indemnizar os actuais parceiros.
Como contrapartidas, as 4 cooperativas, obrigam-se a submeter-se às directivas da equipa de enologia da Bacalhoa e igualmente aos seus economistas.
Para já, na assinatura do contrato Berardo vai disponibilizar 1 milhão de euros a cada cooperativa. É como que um "sinal". Quem não cumprir terá que devolver a dobrar.
Só para quem não sabe, cerca de 45% do Vinho do Porto é produzido por adegas cooperativas, valor esse que sobe a mais de 50% se falarmos de DOC Douro.
Enfim, por pouco mais do dobro dos 15.5 milhões que a Global pagou por 20.4% da RCV, Berardo compra metade da empresa mais apetecida de PT (Niepoort) e ainda consegue garantir volume de Vinho do Porto (e DOC Douro) para ir à guerra com os grandes do Douro: Sogrape (Ferreira, Sandeman e Offley), Symington (Graham, Warre, Dow, Cockburn, Vesúvio), Martiniquaise (Cruz) e Sogevinus (Calém, Barros, Kopke, ...).
O que parecia ser uma pequena derrota de Joe Berardo, a antecipação da Dão Sul na compra da participação da Casa do Douro na Real Companhia Velha, era afinal mais uma jogada de mestre do comendador.
Neste caso não se tratou de fazer ruído e alarido, como aconteceu quando tomou cerca de 30% da Sogrape. Aqui, o truque foi o silêncio e as jogadas de bastidor. Para que não digam que ele não sabe o que faz. Felizmente, para ele, a maior parte das empresas de vinhos não estão cotadas, logo o sigilo é possível.
Aproveitando o bom momento da Sogrape (compras no Chile, lançamento de Mateus diversos, Grão Vascos um pouco por todo o lado) Berardo conseguiu vender a sua participação (a ser anunciada na bolsa no início da próxima semana) com enormes mais valias.
E, com esse dinheiro fresco, fez não um mas dois negócios no Douro.
Um para o prestígio, a compra de 49.9% da Niepoort, Vinhos SA. Diz quem sabe que se tratou de uma "oferta irrecusável", triplicou o valor mais optimista que Dirk e Verena poderiam estimar (não consegui apurar o valor, mas fala-se em 30 milhões de euros!).
Outro para o volume, provavelmente arrumando com as aspirações da Global Wines de se tornar um major player no Douro: um contrato com as 4 maiores Adegas Cooperativas do Douro (não esqueçam que a política do governo para o Douro tem como uma das prioridades salvar as cooperativas da falência ): Santa Marta, Régua, Alijó e Favaios.
Cria um canal de distribuição nos mercados externos, ficando com o exclusivo das vendas fora de Portugal. O mercado nacional irá ser renegociado, de forma a que as cooperativas não tenham que indemnizar os actuais parceiros.
Como contrapartidas, as 4 cooperativas, obrigam-se a submeter-se às directivas da equipa de enologia da Bacalhoa e igualmente aos seus economistas.
Para já, na assinatura do contrato Berardo vai disponibilizar 1 milhão de euros a cada cooperativa. É como que um "sinal". Quem não cumprir terá que devolver a dobrar.
Só para quem não sabe, cerca de 45% do Vinho do Porto é produzido por adegas cooperativas, valor esse que sobe a mais de 50% se falarmos de DOC Douro.
Enfim, por pouco mais do dobro dos 15.5 milhões que a Global pagou por 20.4% da RCV, Berardo compra metade da empresa mais apetecida de PT (Niepoort) e ainda consegue garantir volume de Vinho do Porto (e DOC Douro) para ir à guerra com os grandes do Douro: Sogrape (Ferreira, Sandeman e Offley), Symington (Graham, Warre, Dow, Cockburn, Vesúvio), Martiniquaise (Cruz) e Sogevinus (Calém, Barros, Kopke, ...).
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